O tão esperado e comentado festival de música brasileiro, o SWU, que rolou entre os dias 9 e 11 de outubro, deixou para trás um rastro de dúvidas, questionamentos e indignação geral. Eu cheguei a citá-lo no meu último post sobre Sustentabilidade, porque achei a proposta interessantíssima e muito válida. Afinal, levantou discussões sobre um tema atual e necessário. Pois bem, fui prestigiar o evento no seu último dia, e assim como muita gente que já postou textos a respeito, tenho lá minhas considerações.
Em termos de atrações, não há do que reclamar. O line-up foi extraordinário e deu a oportunidade de muita gente conferir bandas ótimas como Pixies, Kings of Leon, Dave Matthews Band, Queen of the Stone Age, além de cantoras perfeitas como Joss Stone e Regina Spektor e muitas outras coisas boas. Conferi o show do Pixies, já que foi para isso que fui até lá, extasiada e emocionada com a comoção das pessoas que estavam ao meu redor. Diga-se de passagem, meu boy cantou TODAS as músicas deles até ficar sem voz. Perfeito.
Em termos de atrações, não há do que reclamar. O line-up foi extraordinário e deu a oportunidade de muita gente conferir bandas ótimas como Pixies, Kings of Leon, Dave Matthews Band, Queen of the Stone Age, além de cantoras perfeitas como Joss Stone e Regina Spektor e muitas outras coisas boas. Conferi o show do Pixies, já que foi para isso que fui até lá, extasiada e emocionada com a comoção das pessoas que estavam ao meu redor. Diga-se de passagem, meu boy cantou TODAS as músicas deles até ficar sem voz. Perfeito.
Em contrapartida, a organização do evento foi muito ruim. A estrutura, claro, era enorme e talvez por isso, tenha sido difícil pensar em exatamente tudo que fosse pertinente para deixar um evento desse porte impecável. Porém, os organizadores voltaram seu foco todo para o marketing da divulgação, aliando o evento a uma causa sustentável que sequer existiu. Porque na prática, meus caros, a teoria é outra.
A entrada foi um caos. E me admira muito que no TERCEIRO dia eles ainda não tivessem conseguido alinhar isso. Organizar filas de entrada não deve ser algo muito complexo, mesmo com um público de mais de 40 mil pessoas por dia. Principalmente porque eles já deviam prever isso a partir da quantidade de ingressos vendidos. Eles não tiveram a capacidade de contratar seguranças especializados em eventos, simplesmente deixaram a revista, triagem e segurança nas mãos de PM’s. Durante a revista, foi uma loucura ver aquele monte de comida sendo arremessado para o alto, tendo ao fundo coros de “uhuul” e “aeeee” da platéia ávida por entrar logo. Lamentável. Eu nem tinha levado comida, mas fiquei muito revoltado com toda aquela falta de senso. A conferência dos ingressos também deu problema. Era um tal de “sistema fora do ar” que chegava a ser irritante. Custava conferir manualmente só para agilizar o processo? E no final das contas, nem se atentaram para detalhes como carteirinha de meia-entrada, RG, etc.
Quando finalmente conseguimos entrar, fomos dar uma olhada no que tinha para comer. Caramba, eu tô acostumada a ver preços absurdos em eventos, mas aquilo ali era exorbitante. Um verdadeiro festival de “sustentabilidade” financeira. Tá certo que os preços talvez nem fossem definidos pelos organizadores, mas sim pelos patrocinadores ou empresas responsáveis pela venda da comida. Mas, mesmo assim! Pagar R$6,00 por um espetinho “meia-boca”, não é nada engraçado. Sem falar que o tal “refil” para bebidas não rolou. A idéia era que quem comprasse alguma bebida, ganhasse desconto na próxima compra se apresentasse o mesmo copo. Os atendentes nem sabiam disso. Foi copo plástico jogado no chão e o conceito sustentável no lixo. Obviamente que faltava educação por parte das pessoas, porque eu vi latões de lixo em vários lugares, mesmo que mal distribuídos. Já quanto às filas para comer, eu fugi delas. Escolhia o lugar que estava menos cheio e comia por lá mesmo. Talvez por isso, eu só tenha comido o famigerado espetinho. (risos)
Os banheiros foram até razoáveis. Não tinha fila, não estavam absurdamente sujos e na sua maioria tinha papel. Ou seja, para um evento daquele porte, não dava para fazer nada muito melhor.
As palestras e “monumentos” organizados para promover a sustentabilidade passaram batido. Não conseguíamos sequer encontrar um lugar que entregasse a programação dos shows, que dirá saber os horários que rolou isso. Uma pena, porque devem ter sido interessantes. Eu até vi a tal roda gigante movida a pedaladas e uma estrutura construída com garrafas pet para escalar, mas não estava com vontade de pegar fila para conferir de perto.
Já a água, eu não perdôo. O fato de não ter bebedouros, não ser permitida a entrada de garrafas com água e vender uma garrafinha de 300ml por R$4,00 foi o que mais fez o festival cair no meu conceito. Um absurdo sem tamanho. A saída foi muito mais tranqüila que a entrada. Quando o Pixies acabou de tocar, voltamos para nosso ônibus sem nenhum problema ou o caos relatado por quem foi no dia 09.
De qualquer maneira, posso dizer não me arrependo de ter vivido a experiência. Nunca tinha ido a nenhum evento desse porte e fora os pontos ruins que tenho em comum com grande parte do público que o prestigiou, posso dizer que em 2011, se acontecer novamente, estarei lá. E provavelmente, sustentarei os bolsos desses organizadores caras de pau só para poder ouvir e ver as bandas que gosto. Só espero que no próximo, eles abandonem esse discurso sem-vergonha de sustentabilidade, porque certamente, não vai colar.
Separei esses textos que falam do evento para vocês: SWU - Cenário de festa ou Caos, 8 grandes erros e 1 acerto do SWU , Sua vida vale menos que uma garrafa PET e Sobre o SWU.
E aí, quem foi no SWU? Me contem!
Beijos e até o próximo post.
Revisão do boy Felipe Rui.
3 comentários:
Nossa eu não fui a esse evento,mas o que passaram na tv foi apenas a parte bonita...rsrs.Roda gigante movida a pedaladas,latão de lixo reciclavel,arte com objetos reciclaveis....Hum quem n foi achou que era muito organizado..rsrs
Essa coisa de sustentabilidade é muito engraçada. Até companhia de petróleo diz que seu negócio sustentável. A própria questão da água mineral. São vendidas em embalagens plásticas, transportadas por caminhões movidos a óleo diesel. Em New York não existe tratamento de água. O estado prefere pagar para os fazendeiros em cujas terras correm os rios que fornecem água para a cidade dinheiro para que eles mantenham esses rios limpos. Sai muito mais barato do que tratar a água que chega à cidade. Você já deve ter visto que as pessoas em New York tomam água diretamente da torneira.
Pois é Eli, só passaram a parte bonita. rs Foi um evento legal, mas bem desorganizado e o conceito foi pura fachada.
Luiz,
Concordo, viu! Sairia muito mais barato mesmo. E por enquanto, pelo menos na pauta das empresas, a sustentabilidade só fica no papel. São poucas que de fato se empenham nessa ação.
Quanto a beber água da torneira em New York, lembro bem quando fui visitar minha mãe. Nada de filtros e afins. Torneirão mesmo e bebem felizes. rs
Beijos!
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