28.1.10

Deixa que eu te empurro!

Não sou do tipo que compra brigas. Quando dois amigos se desentendem, escuto os lados sem tomar partido. Muitos chamam de ficar em cima do muro. Eu chamo de apaziguar, acalmar os ânimos, estabelecer a paz.

Eu sei, não sou nenhuma embaixadora da ONU ou coisa que o valha. Também sei que os conflitos no Oriente Médio não vão acabar por isso. Mas, eu faço o que posso para manter a paz, pelo menos no círculo que me rodeia.

Pois bem, a ideia para esse post surgiu depois de ler um tweet que dizia algo como “Um amigo de uma amiga está escrevendo um texto sobre a Tessália e precisa encontrar desafetos dela em Curitiba. Help”. Aí, outra pessoa deu RT para dizer “Desafetos da Tessália, procurem a @fulana”. Caramba! Que diabos de mundo estamos vivendo? Por que as pessoas estão tão empenhadas em ferrar com as outras?

Até acompanho boa parte dos conflitos que envolvem a moça. O Twitter, os blogs e o próprio Big Brother está cheio deles. Mas, não estou aqui para defender a Tessália, muito menos para julgar quem não gosta dela. Só quero tentar entender qual motivação tem levado a galera a se preocupar com a criação de novas e mirabolantes redes de intriga.

Qual é gente, não temos nada melhor pra fazer? Sério mesmo? É realmente necessário se empenhar tanto para escarafunchar a vida de outrem?  Buscar seus podres, desavenças e afins só pela satisfação. De que mesmo?

Como eu já disse, não sou a pessoa mais boazinha do mundo. Não estou isenta de sentir raiva, inveja ou desdém por outras pessoas. Mas, sinceramente, eu tento fazer minha parte. Ao invés de ficar tramando planos para tentar dominar o mundo. Ou tentar fazer o mundo de alguém desmoronar. E tenho certeza que tem mais gente por aí que faz a mesma coisa. Cuida de si para ter o melhor a oferecer para quem os rodeia.

Então pessoal, que tal parar de procurar o que há de pior nos outros? Que tal começar a prestar atenção no que há de bom. E o mais importante, o que acham de tentar apaziguar ao invés de colocar mais lenha na fogueira das intrigas? Afinal, tem gente que se queima por si só. E não precisa da sua ajuda, nem da minha para cair por aí.

Isso, não é ficar em cima do muro. É ter a opinião formada a respeito de algo muito mais valioso que qualquer futrica ou desafeto. É ter a certeza que vale mais a pena ajudar a levantar do que empurrar para cair.


*Pitacos de Daniel Goraieb na construção do texto .


Beijo!


P.S. Viu só como cumpro minhas promessas... Um post por semana! É, joguei a preguiça pra escanteio mesmo. rs

23.1.10

Men at work!

"O trabalho enobrece o homem". Quem não conhece essa frase totalmente batida do Max Weber? Ela já foi usada e reutilizada ao longo de muito anos a fio. Inclusive, já foi tema de alguns post's por aí.  Pois bem, eu também vou me apegar a ela para perguntar: enobrece mesmo? Tenho lá minhas dúvidas com relação a isso. Afinal, tem muitas atividades profissionais que as pessoas realizam ao longo da vida, que não agregam porcaria nenhuma na sua existência. E pra falar a verdade, algumas simplesmente emburrecem o ser humano, ao invés de enobrecer, como disse o caro Weber.

Quando eu penso em trabalho, enquanto atividade remunerada que toda pessoa adulta e responsável deve realizar. Eu sempre lembro que é ali que passamos algumas das melhores horas de nossas vidas. Duvida? Bom, então pensa comigo: normalmente, as pessoas entram as 8 e saem às 18. Daí, a gente exclui as duas horas de almoço que a maioria tira e coloca apenas as oito horas diárias de trabalho. Durante essas horas, geralmente estamos dentro de um escritório ou qualquer outro ambiente que seja condizente com a atividade que realizamos. E lá fora, o que rola? Lá fora tem o sol (ou não), alguns de nossos amigos mais legais, nossa família, nosso cachorro, nossa casa com uma cama ou sofá que nos chama incessantemente, um belo parque, uma loja qualquer pra gastar, o boteco... Enfim! São as melhores horas do nosso dia que "perdemos" ali. Então, elas tem que ser no mínimo bem aproveitadas, não é?

Eu acredito que o lugar que trabalhamos determina 50% do quanto nossa vida será feliz ou triste. E isso, independe do que você faz por lá. Não importa se você é o diretor ou só o cara que serve o café. O local de trabalho tem que ser agradável.  E esse, é um detalhe tão importante quanto valor do salário ou o reconhecimento profissional que recebemos. Acham que sou doida? Calma, que eu explico!

Alguém aí pode me dizer como é possível produzir bem quando você sequer consegue se sentir à vontade? Impossível! Não dá para fazer nem o que a gente gosta quando estamos mal instalados. E eu não trato aqui apenas da infraestrutura  do ambiente. Eu falo também das pessoas que trabalham com a gente. Afinal de contas, tem coisa mais horrível do que trabalhar ao lado de alguém que apenas te desmotiva? Tem algo mais chato que sentar para trabalhar e ficar ouvindo indiretas e afins. E quando chega ao ponto inaceitável dos xigamentos e etc.? Complicado...

Trabalho bom é aquele aonde o indivíduo está cercado por um ambiente que torne propício seu crescimento profissional e intelectual. Ou seja, um lugar onde possa desenvolver todo seu potencial e aprender mais todos os dias. E não apenas sobre sua função, mas também sobre outras áreas de conhecimento.

Agora, de volta ao começo do post, o trabalho que emburrece o homem é aquele que transforma seu funcionário em uma mera máquina geradora de lucros. Aonde, ao entrar pela porta e bater o famigerado cartão de ponto, ele recebe uma trave em volta dos olhos que o faz enxergar apenas para onde a empresa quer. E isso, minha gente, é completamente deprimente e degradante.

Então, na próxima vez que você pensar em citar o Max por aí. Primeiro, pense bem em como anda seu trabalho, tá?


P.S.  Talvez muita gente ache esse texto chato e extenso, mas essa foi a temática da semana pra mim.


Até o próximo post.


Grande beijo!

14.1.10

Bon voyage!

Agora que passou (um pouco) a empolgação causada pelas festas de fim de ano e 2010 já tá correndo solto, bora trabalhar, né?
Quero compartilhar com vocês, que a minha ideia a partir deste momento, é postar um texto por semana. Já tenho alguns prontos, então, não corro o risco de amarelar pela picada do mosquito-preguiça. E também, porque preciso de verdade colocar esse blog pra funcionar direito, afinal, tenho 31 fiéis seguidores! Além do mais, uma pessoa muito bacana me encorajou dizendo que vale a pena eu continuar escrevendo. 
Sendo assim, como diz um colega da vida virtual: "E vamoquevamo". E para essa semana trago pra vocês um tema que muita gente aprecia na prática: viajar. Por isso, me digam, tem coisa mais legal que sair viajando além das barreiras da imaginação? E ainda agregar para a vida experiências únicas e especiais? Devem ter várias, claro. Mas, hoje, a intenção é mostrar o quanto a decisão de viajar por aí pode trazer coisas bacanas para nossas vidas.

Quem pode viajar "além-mar", tem que fazê-lo. Um dia, todo mundo tem que fazer isso. Seja lá como for, coloque uma mochila nas costas e arrisque-se pelas estradas do mundo. Mesmo que seja de ônibus, como foi meu caso.

Bom, e já que falei de ônibus, vou me atentar apenas a esse meio de transporte não tão prático, nem confortável, mas barato. E que te dá a chance peculiar de conversar de verdade com as pessoas. Porque, só quem já teve a oportunidade de fazer viagens longas (longas tipo, dois ou três dias), sabe qual é a sensação de fazer isso dentro de um ônibus repleto de desconhecidos. Não é nenhuma maravilha, digo logo. É cansativo, desconfortável, barulhento e etc. Mas, é uma pequena ou grande experiência real para uma vida toda. Creia nisso.

Pensa só, você embarca todo tímido, com uma mochilinha nas costas e nas primeiras horas de viagem usa apenas a própria imaginação para se distrair. Depois, resolve ler um livro, fazer palavras cruzadas, ouvir música, ou, simplesmente, olhar a paisagem que passa borrada pela janelinha de vidro. Mas, nada, nada no mundo te faz criar coragem para conversar com o estranho que está sentado ao seu lado.

Aí, depois de muitas horas, tentativas frustradas de adormecer na desconfortável poltrona e com a imaginação já falha. Você olha para o lado e com aquele sorriso amarelo, comenta algo como "Tá quente, né?" , "O motorista podia diminuir o ar. Tá muito frio!", ou o famoso "Nossa, a hora não passa.". Pronto. Não precisa de mais nada! Lá pela segunda ou terceira parada para lanchar, você já fez um amigo inseparável para as próximas longas horas que irão seguir.

A partir disso, você fica sabendo que o cara tá indo tentar a sorte na nova cidade. Que a mãe enfim vai visitar o filho que não vê há 10 anos. Que a garota passou no vestibular e pela primeira vez vai morar fora de casa. Ou que aquele avô vai conhecer o primeiro neto. Enfim, milhões de possibilidades. Histórias e mais histórias que ficarão entranhadas na sua durante aquele percurso, até seu destino final. Ou até quem sabe, pela vida inteira.

Isso, meus colegas, se chama vivência. São pequenas experiências enriquecedoras que só a convivência com nossos semelhantes (conhecidos ou descohecidos) podem proporcionar. E para mim, esse tipo de coisa não tem conforto de avião que pague.

Beijos e até a próxima semana!

6.1.10

365 novos dias.

Ok, contando a partir de hoje, são apenas 359. Mas, mesmo assim, ainda são muitos dias pela frente, né não? E não é uma beleza olhar em volta e ver que temos todo esse tempo à nossa disposição? Eu, sinceramente, acho o máximo. Mas, tem uns "espíritos de porco" que já entram o ano resmungando e reclamando dos feriados que caem no domingo.

Poxa, não dá pra começar reclamando, gente. E não é porque é "Ano Novo" ou o por conta daquela historinha de "ano novo/vida nova" e etc. É porque de fato, é bom saber que temos tanto pela frente. E até para  quem olha desatentamente, é possível enxergar que temos diante de nós, incontáveis chances para os acertos e os inevitáveis erros. Para as 1001 incansáveis tentativas infáliveis de conseguir aquilo que estamos super afim de ter (seja algo ou a companhia de alguém). Para curar os anseios e até aproveitar para desfazer o emaranhado de dúvidas que o ano que passou pode ter deixado.

Temos agora a possibilidade dos novos amores ou renovação dos que já se têm. A solidificação das amizades existentes ou conquista das muitas outras que se pode vir a fazer. A faculdade planejada. A promoção almejada no emprego. O filho desejado. A viagem programada. Tudo, tudo mesmo, dá pra ser feito nesses dias que temos nesse novo ano que começou.

Por isso, meus caros, não sei vocês, mas eu, quero tudo que tenho direito. Quero que meus 365 dias sejam completos de tudo que sou capaz de suportar. Que venham as alegrias, os dissabores, as lutas, as conquistas... Eu quero tudo! E tudo que eu conseguir levar comigo, eu levarei.

Desejo o mesmo a vocês. Que nas suas vidas, a completude seja o fator principal para sse ano que acabou de começar. E não se atrevam a ficar contentes com nada pela metade. O ano é inteiro. Completo. E é assim que nossa vida tem que ser.

Aproveitando o ensejo e antes tarde do que nunca: FELIZ ANO NOVO! Ainda vale, né? (risos)
Grande beijo!