3.4.11

“Naquela base do só vou se você for”

 Começo de relacionamento é a fase em que os dois estão conhecendo um ao outro, dividindo opiniões, gostos, amizades e, por que não dizer, se tornando constantemente uma coisa só. É a naturalidade das coisas. Cada momento ao lado de quem se está apaixonado é vital e pensar em ficar longe chega a doer.
Com o amadurecimento da relação, nada mais natural que cada um recoloque a vida nos eixos e comece a se interessar novamente por si, ao invés de só pensar no outro. Pois, por mais que a paixão seja arrebatadora, qualquer pessoa sabe que grude demais é prejudicial. Quer dizer, pelo menos todos deveriam saber. Mas na prática, a teoria é outra.
Para que a vida a dois seja saudável, manter a individualidade é um fator preponderante. Afinal, além da relação existe um caminho a ser traçado sozinho, e ninguém pode fazer isso por você. E quando uma pessoa começa a viver demais em função de outra, a vida pessoal passa a ser deixada de lado. Aí que, por exemplo, a gente vê aquela garota que era cheia de amigos, resumir a vida ao namorado, aos amigos dele e a família dele. Ou seja, ela não é mais ela, é uma sombra de quem foi um dia.
É muito mais comum encontrar casais que dizem um para o outro “só vou se você for” do que aqueles que dizem “hoje eu saio com meus amigos e você com os seus”. Simplesmente pelo fato de que ninguém entra em uma relação pensando no “e se acabar”. Aliás, a ideia não é pensar no fim. A ideia não é nem pensar na relação na hora de ponderar se você deve ter seus momentos de individualismo. É apenas ter consciência de que a sua vida existia antes desse relacionamento.
Muita gente é feliz assim? Claro que é. Cada um escolhe e faz o que traz mais felicidade. Ninguém aqui é dono da verdade para afirmar que quem escolhe deixar as pessoas com quem convivia de lado para seguir outra é errado. Porém, se qualquer um parar para pensar racionalmente, vai sacar que se essa relação acabar a garota do exemplo vai ficar sozinha. Primeiro porque ela não vai se sentir tão à vontade de continuar muito tempo ao lado daquelas pessoas que tanto lembram o ex; segundo, ela vai ter que rebolar para recuperar as amizades deixadas de lado quando seu mundo era ele e, terceiro, ela vai precisar ser ela de novo. Imaginem ter que fazer tudo isso com um possível coração despedaçado. Nada fácil, né?

Quando a gente ama mesmo alguém é importante saber a hora de desgrudar. Talvez a pessoa queira isso também, mas por medo de te magoar, acabe nem tocando no assunto. Seja você o primeiro a dizer. Faça um favor para sua vida. Faça esse favor para a vida da pessoa que te acompanha. Comece a fazer planos para si, uma viagem de férias sozinho, por exemplo. Volte a encontrar seus amigos nem que seja uma vez por semana. Passe mais tempo com sua família ao invés de sempre acompanhar apenas os programas familiares da pessoa amada. Enfim, conjugue um pouco mais os verbos na primeira pessoa. Acredite, faz bem.
Para fechar o texto, deixo para vocês uma música que amo e ilustra bem a prosposta do post. Fim de Caso - Dolores Dura:
Revisão Felipe Rui.
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Olá queridos! Tô meio atrasada com as postagens porque estou em uma nova fase de trabalho e isso consome todo o meu tempo. Mas óbvio que não vou abandonar vocês, né? Na medida do possível, vou manter a frequência semanal das postagens.
Por falar em postagens, não sei se sabem, mas estou colaborando em outros espaços. Vocês já podem me acompanhar no Blog do Roma e em breve na Obvious e no Ativar os Sentidos. Acompanhem meu Twitter, pois por lá eu linko todas as postagens. 
Espero que tenham gostado do texto da semana e das últimas novidades.
P.S. Obrigada a quem aderiu a campanha do Selo Stylish Blogger Award de que falei no último post. Tomara que tenha sido tão divertido para vocês como foi pra mim.
Beijos!



3 comentários:

Matheus Farizatto disse...

Oi, Petit!
Me diverti muito com o selo, obrigado mais uma vez.

Sobre este texto, adorei. Muito!

Cheguei ao "amadurecimento da relação, nada mais natural que cada um recoloque a vida nos eixos e comece a se interessar novamente por si". E confesso que o começo foi muito em função um do outro e não foi mesmo a nossa melhor fase.

Hoje saem os dois quando ambos querem ou em casos extremos de fazer um agrado consciente. Mas o “hoje eu saio com meus amigos e você com os seus” está sempre presente.

Esse inícios são pura questão de medo por imaturidade.

Muito bom. Adoro o tema.
Um beijão.

Danilo Reis disse...

Concordo plenamente com você, principalmente porque um relacionamento deve vir para somar e ser um facilitador na jornada que temos que percorrer individualmente.
Podemos comparar um relacionamento a um compromisso de cumplicidade (adoro essa palavra), porém alguns usam o relacionamento como bengala ou como adorno (caso dos caras que arrumam "mulheres troféu" para exibir aos amigos).

Semânticamente cúmplice é aquele que colabora, mas mesmo sem a sua colaboração aquilo poderia ter sido concretizado de qualquer maneira, isto é, como eu disse apenas um facilitador...a responsabilidade sobre os atos, os erros e acertos, os prazeres e as dores ainda é de cada um de nós.

Edvando Junior disse...

Parabéns Gabi! Incrível como vc só escreve as verdades e é mto bom ouví-la, afinal relacionamentos são a base da vida...

PS: Tava aqui lendo quase tudo... Ahh obrigado por mencionar o Ativar aqui tb, bjão!