Só pra começar, devo dizer que esse texto será mais uma confissão, do que exatamente uma discussão sobre determinado assunto.
Sempre fui muito romântica e quando adolescente isso foi ainda mais forte. Assistia todas as comédias românticas possíveis, escrevia diários, fantasiava amores, sonhava acordada com situações que nunca cheguei a vivenciar – não exatamente daquela maneira, é claro. E acho que foi mais ou menos aos 18 anos (muito normal, diga-se de passagem) que eu deixei morrer uma parte dessas de mim. Para ser mais específica, foi depois de receber constantes negativas a esse respeito. Alguém me disse que eu tinha uma visão romântica demais da vida e sofria do “Complexo de Cinderela”. E era verdade.
Depois disso, passei a ser mais realista. As experiências que se seguiram ficaram cada vez mais longe da fantasia romântica adolescente. Sofri menos por amor. E as relações foram muito mais pautadas pela razão do que pela emoção (nem todas, claro). Isso foi bom? Sim, por um lado, foi bom. Quando você é mais racional, digamos que tem mais controle sobre o que sente, se entrega menos e teoricamente, se machuca menos quando alguém não corresponde às suas expectativas. Em contrapartida, ficamos mais secos, desconfiados, desinteressados e até “antirromânticos”. Na verdade, o ideal mesmo, é encontrar um meio termo. Que é exatamente o que ando tentando fazer.
Bom, mas como eu disse no começo, esse texto é de fato uma confissão. E o que me levou a escrevê-lo foi o quanto tenho me sentido extremamente adolescente depois de assistir Crepúsculo(o primeiro de quatro livros que contam um amor entre uma humana e um vampiro que virou filme em 2008). Sei que grande parte dos meus amigos me chamarão de tola, vão rir e dizer que a irmã, prima, vizinha de 15 anos que gostam disso, etc. Mas, preciso confessar. Estou extremamente viciada nessa historinha batida de amor. E olha que é com um tremendo atraso, porque isso já é febre entre os adolescentes há um bom tempo. Detalhe, não satisfeita com o filme, vou ler o livro no qual foi baseado. E se bem me conheço, vou querer ler todos os outros também. (risos)
Ah, só mais uma coisinha. Mais uma confissão. Além de assistir o filme, pedir o livro emprestado, baixar trilha sonora e pesquisar horrores a respeito na internet, ainda tive a pachorra de comprar uma Capricho. É, Capricho! Fazia muito tempo que eu nem olhava para ela na banca de revistas. Mas, posso ser sincera? Gostei disso. Gostei de me sentir assim de novo. Me empolgar com algo, mesmo que tolo. E foi muito bom ressuscitar a adolescente assassinada por mim aos 18 anos.
P.S. Texto postado ao som da trilha sonora de Crepúsculo. (Pode rir. Eu deixo!)
Para quem "ainda" não viu o filme, aí está o trailer.