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2.3.11

O poder da autossabotagem

 
Você pode estar se boicotando e nem sabe.

Pense na seguinte situação: você está escalando uma montanha bem alta e está bem feliz porque em pouco tempo atingirá o cume. Só que então, faltando poucos metros para atingir seu objetivo, você simplesmente desiste. E, sem ao menos saber o motivo da desistência, começa a ser corroído por um enorme sentimento de fracasso. Horrível isso, não é?

Já parou para pensar o por quê de todas as vezes que as coisas podem dar certo, ou estão dando, você põe tudo a perder? Por que, mesmo quando reúne forças para lutar por seus objetivos, percebe que existe o desejo de vencer e superar obstáculos, você desiste antes de chegar na etapa final? Talvez você esteja sob os efeitos da sabotagem interior, também conhecida como autossabotagem. Um problema que se não detectado há tempo, pode destruir seus sonhos, sua carreira e sua vida.

Tanto na vida amorosa, quanto na profissional, existem exemplos em que as pessoas entram em um círculo vicioso de autossabotagem. Criando, para si, barreiras imaginárias que se interpõe entre elas e a felicidade.

Na vida sentimental, por exemplo, diz estar cansado de se envolver em relacionamentos que não chegam a lugar algum e quase sempre machucam e destroem sua autoestima. Que em seu caminho só aparecem as pessoas erradas e que quanto mais reza, mais assombrações aparecem. Porém, logo em seguida está novamente nos braços de alguém do mesmo tipo, cantando alegremente: “Você não vale nada, mas eu gosto de você".

Na profissão, está sempre culpando o mercado ou os chefes pelo insucesso. Choraminga que as oportunidades não chegam, que nunca é valorizado, que não reconhecem seu potencial e que no próximo emprego, vai se acertar. Só que esse emprego certo nunca aparece. E você segue infeliz, achando que escolheu a carreira errada ou pensando que não merece uma oportunidade de sucesso.

A autossabotagem tem raízes muito profundas. Os psicólogos normalmente a tratam como fruto de experiências da infância. Quando, muitas vezes, os pais superprotegem os filhos dizendo “Você é pequeno demais para fazer isso. Não vai dar conta” ou  trazem a ideia de fracasso de sua própria vida, afirmando que o sucesso nunca chega ou quando, na pior das hipóteses, afirmam categoricamente coisas como “Ambição é pecado”. Tudo isso influencia diretamente a imagem que uma criança tem da vida. Porque, de certa forma, ela está ali, desesperadamente tentando agradar aqueles que ela tem como referência. A partir disso, o indivíduo cresce carregando dentro de si sentimentos de insegurança, medo,  incompetência e outros muito piores.

Bom, descobrir que o fato da sua vida estar uma merda pode ser culpa das experiências de infância e dizer “caramba, não posso voltar no tempo e mudar isso”, não ajudará em nada. Você também não pode simplesmente ir até a casa dos seus pais e apontar na cara deles que a culpa da sua infelicidade está na criação que te deram. Eles fizeram o melhor que puderam, acredite. Aliás, nada disso fará diferença, porque o problema está dentro de você. E é dentro de você, também, que está a solução para dissolver esse sentimento tão prejudicial.

Se você indentifica-se com alguma dessas situações, a primeira coisa a fazer é aceitar que o problema é interno, não externo. Porque enquanto você buscar motivos para culpar as pessoas e as coisas por tudo que dá errado na sua vida, o ciclo vicioso não irá se romper. Tendo consciência de que só você é responsável pela sua felicidade, certamente trará mais forças para encontrar os caminhos que podem te levar até ela.

Sendo assim, se o primeiro passo já foi dado, entenda também que as coisas não se ajeitarão em um passe de mágica. Compreenda que há anos você vem tomando as mesmas atitudes e, talvez, não seja tão simples mudar o foco dos seus pensamentos. Por isso mesmo, é necessário ter paciência e persitência. Comece por ações pequenas, fazendo aquilo que você sabe perfeitamente que tem capacidade para fazer. Isso irá valorizar seus pontos fortes e, consequentemente, sua autoestima irá se reerguer. Em seguida, pense em tudo que você não quer mais ter na sua vida. É comum as pessoas nos pedirem para descrever aquilo que mais desejamos e acabamos abrangendo o senso comum: amor, dinheiro, saúde, etc. Aqui, é importante definir o que te faz mal, o que te impede de seguir adiante. Por isso, faça uma lista de coisas que devem mudar. Exemplo: “Não quero desistir facilmente. Não quero ao meu lado pessoas que me colocam para baixo. Não quero duvidar da minha capacidade...” e assim sucessivamente. Expurgando o que é ruim, as portas se abrirão mais facilmente para o que é bom.

Policiar seus pensamentos também é uma atitude que atrai coisas positivas. Pode parecer balela, se você entender isso como é exposto no livo “O Segredo”. Só pensar em coisas boas não vai transformar sua vida. É preciso evitar pensamentos ruins, que te trazem medo e insegurança e, em seguida partir para ações práticas. Se não se sente feliz no emprego que está atualmente, pare e reflita o que você não gosta ali. São as atividades? São as pessoas? Ou você simplesmente não gosta do que faz? Independentemente dos motivos, tente descobrir o que é e elimine-os. Se for o caso, mude de emprego. Mas antes disso, esclareça exatamente onde você quer estar e busque as medidas para levá-lo até lá. Já é um começo, concordam?

Não quero mais me alongar no assunto, acho até que o texto já está longo demais para os padrões do blog. Por isso, quero finalizar essa questão dizendo a vocês que há pouco tempo descobri que tenho feito exatamente isso comigo. Ando autossabotando minha própria vida e estou na luta para me desvencilhar desse ciclo vicioso. E se você se encontra nessa mesma situação, peço que busque, dentro de você mesmo,  a resposta que tanto procura para responder às suas aflições. Eu identifiquei onde estava o erro e sei que qualquer um pode fazer o mesmo. 

Desejo a todos um bom caminho de autodescoberta. Que apesar das mazelas causadas por esse sentimento, possamos todos encontrar de verdade o que queremos e não queremos para nossas vidas. E se não conseguirem sozinhos, por favor, não exitem em procurar ajuda profissional. Não é nenhuma vergonha admitir que precisamos da ajuda de alguém. Afinal, o que importa realmente é sermos felizes com tudo que conseguimos construir.

Se quiserem ler mais sobre o assunto, recomendo uma matéria da revista Sexto Sentido, nº113 da Mythos Editora. A matéria é assinada por Alex Prim e vale a leitura. Seguem também alguns links que encontrei na Internet sobre o assunto:


Revisão: Felipe Rui.
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Oi amigos! O tema do texto dessa semana não é muito tranquilo, né? Mas é um assunto que pode servir de referência para algumas pessoas, por isso resolvi compartilhar. Quero saber o que acharam, ok?
O texto da semana que vem terá como tema "Mulheres alteradas". Sabe aquela coisa de mulheres que amam demais e saem dos limites? Pois é... Aguardem!

Beijos da Petit

22.9.10

Start With You.

Não é nenhum segredo que o mundo no qual vivemos está em um contínuo processo de degradação. Todo dia, “bombam” notícias sobre poluição, desmatamentos, extermínio de animais, entre outras, em maior ou menor proporção.

Geralmente, ao ouvir ou ler algo a respeito, a maioria das pessoas nem se importa. Quer dizer, fica aquele pequeno questionamento idealista “Que mundo deixarei para os meus filhos?”. Mas, depois se apagam essas informações e o dia segue. 

Parece que um elaborado bloqueio mental foi se formando. E grande parte da população lava as mãos para os problemas ambientais, por achar que é algo muito grande para que elas sozinhas possam dar conta. Existe um ditado e até uma música que diz “Uma andorinha só não faz verão”. Errado! O que o mundo mais precisa agora, é que uma andorinha comece. 

Tenho ouvido/lido/falado muito sobre Sustentabilidade. Está em voga. Virou pauta de ações em empresas, conversas no bar e até tema em festivais de música. Como o SWU, por exemplo, que a propósito, são as siglas do título deste post. Mas e aí? Vamos ficar apenas no bate-papo ou freqüentando eventos que promovam a ideia? Não, claro que não. As atitudes que vão dar consistência para esse conceito começam com você, comigo, com eles, com nós. Com todos.

Ficou com vontade de fazer algo, mas não sabe por onde começar? Já está até imaginando como se filiar a alguma entidade protetora do meio ambiente? Isso também é bacana. Mas, acredite, é muito mais simples do que você imagina. 

Já pensou em tomar banhos mais rápidos? Dar ou pegar carona com alguém? Apagar a luz da sala quando vai para o quarto? Sair para o trabalho de bike ou a pé, ao invés de carro? Tirar os aparelhos da tomada depois de desligados? Separar o lixo orgânico do inorgânico? Reaproveitar sacos plásticos? Desligar a torneira enquanto escova os dentes? E que tal plantar uma árvore, escrever um livro e fazer um filho? Brincadeiras a parte, isso é ser sustentável. É de uma maneira ou de outra, promover pequenas ações, que juntas, contribuirão para a manutenção do planeta.


Ok. Você já está careca de saber tudo isso, né? Não estou contando nenhuma novidade, eu sei. Só que é incrível a quantidade de gente que não faz nada disso. Conscientemente. Por isso, está mais que na hora de pararmos com as idealizações de um mundo melhor e primeiro, nos transformarmos em pessoas melhores.

Vamos lá, andorinhas. Temos um verão para fazer.

E aí, gostaram do tema? Sim ou não, postem suas opiniões aí nos comentários, tá?

Um beijo e até o próximo post. 

Revisão Felipe Rui


Você também pode gostar do texto postado pelo Alexandre Inagaki em sua coluna semanal do Yahoo.

24.8.10

Mau humor necessário.

Tem dias que a gente fica pra baixo, mal humorado e só quer ficar quieto sem que ninguém encha o saco. Esses são dias mais comuns do que imaginamos. Afinal, todos têm seus “bad days”.

Até aí, tudo bem. Você acordou com o pé esquerdo e tá super afim de maldizer a vida, seu emprego, amigos, o mundo em geral. Obviamente, existe a consciência de que isso não será recorrente. É apenas um diazinho osso duro de roer. Não há exatamente motivo para preocupações, certo?

Daí, chega aquela pessoa lazarenta que usa camisetas do tipo “Sou 100% FELIZ”. E ela vem com aquele papinho manjado do “pensamento positivo que opera milagres”. Aí, amigo, senta que lá vem conversa.

“Blá, blá, blá você atrai o que pensa”. “Blá, blá, blá, mentalize somente coisas boas”. “Blá, blá, blá sorria sempre, a vida é bela e o sol brilha todos os dias”. VTNC.

Como boa sagitariana que sou (sim, acredito nas descrições dos signos =o), costumo ser muito otimista. Mas, acredito que para algo dar certo, depende somente de mim. Por isso, desde quando sou obrigada a pensar e a ser positivamente feliz o tempo inteiro? Quer dizer, um dia de mau humor vai interferir na rotação do universo e detonar todo o resto? Não e não.

Ser positivo é buscar coisas e pessoas bacanas que somam em nossa vida. Sorrir quando existe disposição interna para isso. Trabalhar duro para conseguir o que se almeja. Ser honesto e fiel com seus próprios princípios. Respeitar seus sentimentos e expressá-los como te apetece. Isso é ser positivo de verdade. E não um falso "positivismo" sem bases ou estruturas. Guardando pequenos rancores, com medo de as pessoas pensarem que ela seja alguém extremamente negativo por mostrá-los.

Se forçar a nunca ficar de baixo astral ou não ter pensamentos ruins não irá te transformar em uma pessoa mais feliz, aceita ou bem-sucedida. No máximo, te obrigará a pagar rios de dinheiro para um terapeuta que te ajudará a externar todas as frustrações que você guardou desde que leu O Segredo.

E aí, você tem vivido de boa seus momentos de mau humor ou anda reprimindo tudo?
Beijos e até a próxima.

Revisão: Felipe Rui.

11.3.10

Abra a porta e deixe entrar.

Quando você pede muito algo. Quando você deseja verdadeiramente alcançar aquilo que deseja. De um jeito ou de outro você acaba conseguindo.

Só que às vezes, você está tão distraído que nem presta devida atenção. Nem nota que aquilo que chegou de forma tão despropositada em sua vida, possa ser bom.

Por isso, vale à pena ficar mais esperto. Prestar atenção nos pequenos detalhes. E nas mínimas oportunidades que se achegam de mansinho. Pode ser um sorriso gratuito. Uma puxada de papo a toa. Ou até mesmo um estranho que surge de repente e parece que sempre esteve ali.

Saiba que as coisas mais incomuns são aquelas, que na maioria das vezes farão alguma diferença em nossas vidas.

Creia no impossível. Tenha fé no desconhecido. E esteja aberto a todas as possibilidades. Afinal, o que você mais deseja, pode entrar pela porta que você menos vigia.
                                                              
Texto curtinho. Mas, o que vale é a intenção, né? Semana que vem, posto um novo conto pra vocês.
 
Beijos e beijos!

15.10.09

Não se fazem mais alunos como antigamente.

Professor. A pessoa mais importante na sua vida depois de seus pais. Para alguns, até mais que isso. A verdade é que essa figura clássica tem ou teve um papel essencial na estrutura educacional e familiar de muita gente.

Mas, em tempos que o aluno se transformou no foco das atenções para a Educação, o professor tem perdido sua aura de mestre. Aquela magia que existia quando estávamos aprendendo se extinguiu. E o conceito de ensinar muito além de meras disciplinas tem sido podado.

O que conseguimos ver atualmente, no geral, são professores cansados, desestimulados e frustrados. Porque, afinal de contas, o próprio Sistema Educacional contribui para que isso aconteça. Paga mal e oferece pouco ou nenhum suporte para esses profissionais. E vale lembrar que as escolas particulares também não estão muito longe dessa realidade.

Bom, mas pensar em professor, também nos faz pensar em alunos. Alunos que fomos. Alunos que somos. Os alunos de ontem e hoje. E consequentemente, os alunos de amanhã.

Nos meus tempos de escola, especialmente da antiga alfa até a quarta série, os alunos tratavam os professores de outra maneira. Era quase uma adoração por aquela pessoa que estava ali na frente ensinando não apenas a ler e escrever, mas a viver. Óbvio, que quando criança essa noção de “ensino para a vida” não é clara. Mas, me lembro bem da reverência e respeito que existia, inclusive fora das estruturas escolares.

Por favor. Obrigada. Com licença. Posso ir ao banheiro? Posso tomar água? Sim, senhor (a). Eram algumas das palavras que dirigíamos solenemente àqueles que até costumávamos chamar “tio” / “tia”. E até no Ensino Médio, onde os adolescentes dominavam, esse respeito era mais evidente. Lógico que tinham aqueles alunos mais rebeldes que davam uma ou outra resposta malcriada. Mas, no geral, todos eram mais respeitosos.

E o que vemos hoje? Caramba. Sinto que faltam palavras para descrever o descaso de muitos alunos com os professores. Eles estão cada dia mais especializados em humilhar, denegrir e infernizar e até agredir a vida de quem, com toda boa vontade, se dedica a ensinar o que sabe.

É inacreditável a capacidade que alguns têm para fazer de uma aula uma tortura física e mental. As conversinhas paralelas que sempre foram comuns, agora se tornaram intermináveis bate-papos. A nota final é o foco (e com essa média ínfima que algumas escolas determinam estudar pra que, não é?), o que os faz prestar menos atenção na aula. Cadernos e livros nem são mais acessórios tão usados. O negócio é levar o celular para ver vídeos ou ipod’s para ouvir música. E a voz de autoridade do professor? Bom, isso aí virou motivo de chacota. É isso mesmo. Chacota. Imaginem só uma sala com 40 alunos que não param de falar e ainda tem a coragem de dizer “Ué professor, o senhor não põe moral, por quê?”. Dá para acreditar?

Enfim, a verdade meus caros, é que não se fazem mais alunos como antigamente. De qualquer maneira, acho que os professores também não. Mas, mesmo assim, eles merecem não apenas homenagens padronizadas. Lembrancinhas com frases feitas que estão longe de caracterizar o real valor que têm. Professores merecem acima de tudo respeito, consideração e carinho. Afinal, são eles que nos dão grande parte do preparo que precisamos para sermos os profissionais que somos. Quiça, as pessoas que nos tornamos.

Deixo aqui os meus singelos agradecimentos a todos que foram meus professores. Todos eles. Desde a tia Bárbara que me ensinou a escrever minhas primeiras palavras. Até os caras, com todo respeito, fodas, que já na faculdade me iniciaram no mundo publicitário. E, claro, não posso deixar de agradecer aquela que, além de mãe, um dia já foi de fato minha professora. Obrigada. E que o respeito volte a fazer parte da grade curricular.

Filminhos básicos para assistir no Teacher’s Day:





18.8.09

Quando foi que ficamos tão insensíveis?



Um dia desses assisti um vídeo* que faz parte de uma interessante campanha de conscientização. Ela trata da falta de sensibilidade do ser humano, principalmente quando adulto, diante das mazelas sociais. Nesse caso em particular, trata sobre o abandono e o trabalho infantil. Mas, este é apenas um exemplo dentro de uma gama de outros que merecem ser observados.

Deixando de lado qualquer discurso demagógico a esse respeito, acredito que o abandono seja o pontapé inicial para essa discussão. Família, amigos, comunidade, governo, não importa. O ato de abandonar alguém a própria sorte - mesmo que essa pessoa tenha possibilidades de em algum momento tomar conta de si - é o primeiro sinal de que cada vez mais o ser humano tende para a insensibilidade.

Obviamente, temos sempre um discurso pronto para justificar nossa falta de ação. “É um problema social, então, o governo que resolva”, “Ah, alguma coisa essa pessoa fez para merecer essa situação. Deve ser para pagar seus pecados” ou “Se a gente parar para pensar nesse tipo de coisa, enlouquece” e assim por diante. Vamos passando o problema para frente e dizendo “Epa, isso aí não é comigo não!”.

Crianças pedindo esmola ou sendo obrigadas a trabalhar nas ruas, enquanto podiam brincar e estudar ou simplesmente ser criança. Idosos relegados ao esquecimento em asilos, a maus-tratos dentro do lar que ajudou a construir ou até mesmo vagando pelas ruas sem o descanso que a idade o fez merecer. Mães arrastando seus filhos pelas ruas com olhos de fome, implorando compaixão e caridade. Doentes mentais sendo rechaçados, servindo de brinquedo nas mãos de pessoas que não imaginam que um dia possam passar pelo mesmo transtorno. Imagens nada incomuns que povoam nossa realidade, não é mesmo?

Todos os dias nós acompanhamos situações como essas. Seja nos meios de comunicação, na rua, na escola, no trabalho, na casa do vizinho ou até mesmo dentro de nossa casa. E geralmente fazemos o que? Alguns se indignam, outros lamentam, mas a maioria não faz nada. Isso mesmo, nada. E não porque não pode, mas por acreditar que o que vai fazer é pouco demais. Acaba que quase ninguém age de verdade e alguns problemas que são pequenos tomam proporções muito maiores.

Acredito que o sofrimento humano anda tão banalizado que o próprio ser que o sente despreza o que está sentindo. A violência, a fome, a falta de educação, a discriminação, o abandono, a esposa espancada, a criança que pede pra olhar o carro e o velhinho dormindo na calçada tem seu foco desviado para outras atenções. Nós passamos a nos atentar muito mais para os escândalos do Senado, às acusações de mau uso da fé nas Igrejas, ao time que vai mal no campeonato, a reviravolta que vai acontecer na novela, enfim, a qualquer coisa que não nos faça ter que observar as desgraças humanas.

Claro, não estou dizendo que devemos ficar “bitolados” com a condição humana. As mazelas sempre existiram e continuarão a existir. Mas, é constrangedor perceber como algumas coisas estão se tornando invisíveis para nós. Que quando nos tornamos adultos ficamos com a capacidade de enxergar apenas aquilo que queremos ver. E que ainda por cima, muitos de nós escolhem ficar cegos.


*Vou procurar o vídeo para linkar aqui.

Posts similares:


P.S. Quem tiver dicas de textos similares, por favor, me indica! =)

30.5.09

O terror continua à espreita.

Há três anos, quando eu ainda morava em Ribeirão Preto estourou em São Paulo o terror por conta do PCC. Eu e meu namorado na época víamos tudo na TV e ficávamos pasmos com o tamanho do absurdo que era aquilo.

Eu nunca esqueci o episódio porque além de ter ganhado um espaço astronômico na mídia, Ribeirão Preto também foi afetado pela onda de terror. E me recordo que em um dos dias entre 12 e 15 de maio de 2006, fomos à locadora e discutíamos quem andaria do lado da rua onde os carros estavam passando. Ele dizia que se passasse alguém atirando que preferia ser atingido, então eu deveria ficar do lado oposto e eu vice-versa. Isso pode parecer ridículo hoje, mas na época fez muito sentido, pois o terror realmente havia chegado até nossa cabeça. E dois anos depois, eu ainda cheguei a comentar o fato com minha ex-cunhada e ela achou tudo muito fofo (risos), mas eu, particularmente, não achei nada bonitinho termos que ficar escolhendo quem deveria ser ou não atingido por um disparo caso houvesse algum atentado por lá.

Hoje, quando assisto algum dos jornais do dia e vejo bandidos usando helicópteros de brinquedo para levar celulares para dentro de presídios, moradores de favelas revoltados com a prisão de traficantes, crianças sendo assassinadas por menores de idade e até mesmo quando assisto o fictício Força Tarefa, não deixo de pensar que o terror continua à espreita. E a sensação que tenho, por mais pessimista que possa parecer, é que quando menos esperarmos, bandidos vão sair pela porta da frente dos presídios e obrigar o povo a toques de recolher, como aconteceu em São Paulo em 2006.

Vamos torcer para que seja apenas uma sensação e eu vou tentar me manter mais otimista, afinal, a vida da gente não pode ser paralisada pelo medo do que infelizmente pode realmente acontecer um dia.

Esse post foi inspirado por uma campanha idealizada pelo blogueiro Alexandre Inagaki que escreve no blog “Pensar Enlouquece. Pense nisso!” (http://www.interney.net/blogs/inagaki/) para que fatos como os atentados organizados pelo PCC há três anos, não sejam apagados pelo tempo.

E aí, gente. Alguma opinião a respeito? Bora comentar. E visitem o blog do Alexandre, pois é bem interessante!

21.5.09

Adote um bichinho!


[Acervo pessoal]
Amigo. Companheiro. Defensor. Um alento. Uma cura. Um saudade. Uma alegria. Eles podem ser tantas coisas para nós e para nossas vidas que eu poderia passar a tarde inteira escrevendo suas qualidades. 
Independente de que tipo de animal você curte ter em casa, o legal é você cuidar de um bichinho, tenha ele pedigree ou seja só um vira-latinha. Na maioria das vezes as pessoas desanimam de levar um bichinho de rua para casa porque pensam logo no trabalho que terão para alimentá-lo, vaciná-lo, acomodá-lo e afins, mas esquecem o quanto é gratificante ser recebido por um cão balançando o rabo de felicidade pela sua chegada em casa ou pelo ronronar de um gato enquanto passa por entre suas pernas.
Se eu pudesse, levava todo bichinho que eu encontro abandonado na rua para casa, mas não posso. E isso me causa uma grande tristeza, principalmente porque eu sei que os meus estão muito bem acomodados e os outros não. De qualquer maneira, se eles não fossem abandonados, não precisariam ser adotados, mas já que tem gente que joga um bichinho na rua sem a menor preocupação de como ele irá viver, deveria também ter mais pessoas que se preocupassem com o bem estar dos animais.
Existem vários sites especializados em adoção de animais domésticos. Aqui vai um para quem possa interessar: http://www.pea.org.br/bicho/

Minha amiga Tica, que ama bichinhos como eu, quem me passou um e-mail sobre o PEA- Projeto Esperança Animal - Cães e Gatos para adoção. Lá tem várias informações sobre a forma de adoção e onde pelo Brasil existem bichinhos precisando ser adotados. Acessem o site e conheçam mais desse belo trabalho. E quando virem algum bichinho pela rua, com fome, sede, louco por um dono e um lar: faça alguma coisa boa por ele, mesmo que não possa levá-lo para casa. 
Na foto acima, os dois filhotes são da minha famigerada vizinha. Ela os tirou da mãe, levou pra casa e logo em seguida viajou e deixou os pobrezinhos aos cuidados de um filho irresponsável que mal sabe cuidar de si, imagina dos coitadinhos. Eles estão na minha casa até a "dona" voltar. Se eu pudesse, ficava com eles, mas já tenho dois gatos e uma cadela rs. Conheçam meus bichinhos:
[Kadhija - 8 anos]



















                       [Dedê e Pirulito - 5 meses]