Agora que passou (um pouco) a empolgação causada pelas festas de fim de ano e 2010 já tá correndo solto, bora trabalhar, né?
Quero compartilhar com vocês, que a minha ideia a partir deste momento, é postar um texto por semana. Já tenho alguns prontos, então, não corro o risco de amarelar pela picada do mosquito-preguiça. E também, porque preciso de verdade colocar esse blog pra funcionar direito, afinal, tenho 31 fiéis seguidores! Além do mais, uma pessoa muito bacana me encorajou dizendo que vale a pena eu continuar escrevendo.
Sendo assim, como diz um colega da vida virtual: "E vamoquevamo". E para essa semana trago pra vocês um tema que muita gente aprecia na prática: viajar. Por isso, me digam, tem coisa mais legal que sair viajando além das barreiras da imaginação? E ainda agregar para a vida experiências únicas e especiais? Devem ter várias, claro. Mas, hoje, a intenção é mostrar o quanto a decisão de viajar por aí pode trazer coisas bacanas para nossas vidas.
Quem pode viajar "além-mar", tem que fazê-lo. Um dia, todo mundo tem que fazer isso. Seja lá como for, coloque uma mochila nas costas e arrisque-se pelas estradas do mundo. Mesmo que seja de ônibus, como foi meu caso.
Bom, e já que falei de ônibus, vou me atentar apenas a esse meio de transporte não tão prático, nem confortável, mas barato. E que te dá a chance peculiar de conversar de verdade com as pessoas. Porque, só quem já teve a oportunidade de fazer viagens longas (longas tipo, dois ou três dias), sabe qual é a sensação de fazer isso dentro de um ônibus repleto de desconhecidos. Não é nenhuma maravilha, digo logo. É cansativo, desconfortável, barulhento e etc. Mas, é uma pequena ou grande experiência real para uma vida toda. Creia nisso.
Pensa só, você embarca todo tímido, com uma mochilinha nas costas e nas primeiras horas de viagem usa apenas a própria imaginação para se distrair. Depois, resolve ler um livro, fazer palavras cruzadas, ouvir música, ou, simplesmente, olhar a paisagem que passa borrada pela janelinha de vidro. Mas, nada, nada no mundo te faz criar coragem para conversar com o estranho que está sentado ao seu lado.
Aí, depois de muitas horas, tentativas frustradas de adormecer na desconfortável poltrona e com a imaginação já falha. Você olha para o lado e com aquele sorriso amarelo, comenta algo como "Tá quente, né?" , "O motorista podia diminuir o ar. Tá muito frio!", ou o famoso "Nossa, a hora não passa.". Pronto. Não precisa de mais nada! Lá pela segunda ou terceira parada para lanchar, você já fez um amigo inseparável para as próximas longas horas que irão seguir.
A partir disso, você fica sabendo que o cara tá indo tentar a sorte na nova cidade. Que a mãe enfim vai visitar o filho que não vê há 10 anos. Que a garota passou no vestibular e pela primeira vez vai morar fora de casa. Ou que aquele avô vai conhecer o primeiro neto. Enfim, milhões de possibilidades. Histórias e mais histórias que ficarão entranhadas na sua durante aquele percurso, até seu destino final. Ou até quem sabe, pela vida inteira.
Isso, meus colegas, se chama vivência. São pequenas experiências enriquecedoras que só a convivência com nossos semelhantes (conhecidos ou descohecidos) podem proporcionar. E para mim, esse tipo de coisa não tem conforto de avião que pague.
Beijos e até a próxima semana!