Há três anos, quando eu ainda morava em Ribeirão Preto estourou em São Paulo o terror por conta do PCC. Eu e meu namorado na época víamos tudo na TV e ficávamos pasmos com o tamanho do absurdo que era aquilo.
Eu nunca esqueci o episódio porque além de ter ganhado um espaço astronômico na mídia, Ribeirão Preto também foi afetado pela onda de terror. E me recordo que em um dos dias entre 12 e 15 de maio de 2006, fomos à locadora e discutíamos quem andaria do lado da rua onde os carros estavam passando. Ele dizia que se passasse alguém atirando que preferia ser atingido, então eu deveria ficar do lado oposto e eu vice-versa. Isso pode parecer ridículo hoje, mas na época fez muito sentido, pois o terror realmente havia chegado até nossa cabeça. E dois anos depois, eu ainda cheguei a comentar o fato com minha ex-cunhada e ela achou tudo muito fofo (risos), mas eu, particularmente, não achei nada bonitinho termos que ficar escolhendo quem deveria ser ou não atingido por um disparo caso houvesse algum atentado por lá.
Hoje, quando assisto algum dos jornais do dia e vejo bandidos usando helicópteros de brinquedo para levar celulares para dentro de presídios, moradores de favelas revoltados com a prisão de traficantes, crianças sendo assassinadas por menores de idade e até mesmo quando assisto o fictício Força Tarefa, não deixo de pensar que o terror continua à espreita. E a sensação que tenho, por mais pessimista que possa parecer, é que quando menos esperarmos, bandidos vão sair pela porta da frente dos presídios e obrigar o povo a toques de recolher, como aconteceu em São Paulo em 2006.
Vamos torcer para que seja apenas uma sensação e eu vou tentar me manter mais otimista, afinal, a vida da gente não pode ser paralisada pelo medo do que infelizmente pode realmente acontecer um dia.
Esse post foi inspirado por uma campanha idealizada pelo blogueiro Alexandre Inagaki que escreve no blog “Pensar Enlouquece. Pense nisso!” (http://www.interney.net/blogs/inagaki/) para que fatos como os atentados organizados pelo PCC há três anos, não sejam apagados pelo tempo.
E aí, gente. Alguma opinião a respeito? Bora comentar. E visitem o blog do Alexandre, pois é bem interessante!